Dicas de Beleza

Voltar 25 de Abril de 2018

Você não é o que come, você é o que absorve!


Muito se fala sobre a qualidade alimentar que devemos ter hoje em dia. É certo que o equilíbrio em macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais) trazem saúde ao corpo humano, mas precisamos estar atentos àquele que faz a absorção desses nutrientes, um dos órgãos mais importantes que temos: o intestino!

O intestino está em comunicação com o meio externo, pois através da boca e trato gastrointestinal, além dos nutrientes, entramos em contato com diversas bactérias benéficas e também tóxicas ao organismo. O nosso corpo é povoado por essas bactérias, fungos e microorganismos invisíveis, muitos são fundamentais para nossa sobrevivência, outros precisam de uma proteção impermeável da mucosa intestinal, para não contaminar células e tornar nosso corpo doente. Por isso, o intestino possui uma mucosa muito especial, pois é repleto de microvilosidades, que são dobras minúsculas, parecidas com pequenos tentáculos, capazes de fazer a proteção desse órgão e absorção correta dos nutrientes consumidos. Além disso, esse órgão também produz hormônios, radicais livres e está totalmente relacionado com nosso potencial de imunidade.

Muitas coisas afetam a mucosa intestinal, como o uso prolongado de medicamentos, alimentação pró-inflamatória (rica em produtos industrializados, embutidos, açúcares, farináceos, etc.), doenças alérgicas ou intolerâncias como, doença Celíaca, intolerância à lactose, doença de Crohn, acabam por lesionar essa mucosa, tornando a parede intestinal permeável, prejudicando a função absortiva e causando a intoxicação das células atingidas.

Sintomas como cólicas, gases em excesso, prisão de ventre ou diarreia, são muito comuns em pessoas alérgicas ou intolerantes alimentares, e estão totalmente relacionados à disbiose intestinal que é a prevalência das bactérias ruins do intestino em relação às boas, que causam permeabilidade intestinal e a entrada de toxinas, bactérias ou seus fragmentos, proteínas não digeridas potencialmente agressivas e até vírus. Além disso, podem ocasionar danos as microvilosidades, causando a má absorção de macro e micronutrientes.

A saúde do seu intestino pode estar ligada ao peso que possui hoje. O excesso de peso ou obesidade, são problemas de saúde relacionados à genética, ao meio que vivemos e também totalmente relacionada com a saúde intestinal, pois existem hormônios secretados pela mucosa do intestino saudável, como é o caso da colecistoquinina (CKK), hormônio que além de estar relacionado ao processo digestivo também tem grande influência sobre a saciedade.

A qualidade da microbiota (Flora) intestinal começa ao sentar-se à mesa para comer. Devemos ter calma, comer em local tranquilo, sem distrações como celulares ou televisores, mastigando muito bem os alimentos. Não substituir refeições por lanches rápidos, cheios de gorduras ruins, conservantes e aditivos. Beber água na quantidade ideal para o dia, que varia entre 35ml/kg para um adulto de 18 a 55 anos até 25ml/kg para um idoso acima de 75 anos.

Quanto à alimentação ideal, deve ser equilibrada e calculada de acordo com as necessidades individuais de cada um, para macro e micronutrientes. Uma simples dica, é optar por aquilo que é natural, tendo uma alimentação rica em fibras , alimentos com microorganismos benéficos (como é o caso do Kefir, rico em lactobacilos), alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios (como é o caso das uvas, brócolis, alho, gengibre, cúrcuma, entre outros.) e evitando o uso indiscriminado de açúcares, alimentos industrializados, bebidas açucaradas, alcoólicas e excesso de café.


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